O governo do Tocantins registrou a redução de 47,6% de focos de queimadas no primeiro trimestre de 2025. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) publicou nesta quarta-feira, 7, o Boletim Mensal nº 5/2025 do Fogo no Tocantins aponta um total acumulado de 205 focos no período de janeiro a março deste ano, o que indica a queda de quase metade das ocorrências, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 391 focos de queimadas. Este Boletim Mensal é elaborado pelo Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente do Tocantins (CIGMA-TO) da Semarh, com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas.
Conforme o levantamento do
Boletim Mensal nº 5/2025, a área queimada acumulada no primeiro trimestre de
2025 é de 8.399ha, que configura um aumento de 133,1% em relação ao mesmo
período do ano anterior, que registrou 3.602 ha. A distribuição dos focos de queimada
aponta, entre os municípios mais afetados, Ananás (10,24%), Mateiros (6,83%),
Ponte Alta do Tocantins (5,85%), Pium (5,37%) e Natividade (4,39%). Do total
acumulado, 1,77% das ocorrências foram registradas no Bioma Amazônico e 98,23%
restantes no Bioma Cerrado.
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos do Tocantins, Marcello Lelis, ressaltou que, “a redução de
47,6% no primeiro trimestre de 2025, quase a metade dos focos de queimadas
registrados no mesmo período do ano passado é um indicador de resultado do
conjunto de medidas adotadas pelo Tocantins e que agora estão reunidas em um
Plano Integrado de Prevenção, Monitoramento e Combate aos Incêndios Florestais.
Esse documento elaborado em conjunto, Secretaria do Meio Ambiente, Instituto Natureza
do Tocantins e Corpo de Bombeiros do Estado, atende a determinação do nosso
governador Wanderlei Barbosa, que demandou que fossem tomadas providência para
o planejamento e implementação de medidas que antecedem o período de queimadas
no estado deste ano e visem promover resposta rápida às ocorrências em todo o
território tocantinense”.
Marcello Lelis acrescentou que, “é importante mais uma vez lembrar, que o Tocantins usa o MIF [Manejo Integrado do Fogo] e a queima controlada, ou seja, usamos o fogo para prevenir desastres ambientais por queimadas e incêndios florestais. Os monitoramentos de queimadas atuais não identificam o que é queima legal ou queima ilegal, eles somam tudo. Mas o Tocantins está trabalhando para promover essa separação através do CIGMA e assim teremos o indicador da nossa real posição no ranking de queimadas, bem como do tipo de queima que obtemos redução a cada período monitorado. Essa é uma informação que também deve subsidiar o planejamento de ações, investimentos e a gestão de recursos nas operações de combate às queimadas e aos incêndios florestais sob domínio estadual e federal no Tocantins”.
No levantamento da extensão
queimada por domínio, o boletim indica o percentual médio de 76,25% das
ocorrências em área federal e 23,75% em área de domínio estadual. Os municípios
com áreas mais afetados no período foram Mateiros (68,38%), Ponte Alta do
Tocantins (8,86%), Aurora do Tocantins (2,83%), Ponte Alta do Bom Jesus (2,16%)
e Pium (1,85%). Na observação da distribuição da área queimada por
microrregiões, as mais afetadas foram o Jalapão (78,90%), Dianópolis (7,65%),
Rio Formoso (4,98%), Porto Nacional (2,32%) e Araguaína (2,09%).
Boletim
Mensal do Fogo
O Boletim Mensal do Fogo
elaborado pelo CIGMA da Semarh, com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, traz
a soma do total acumulado de ocorrências registradas referente ao período
monitorado e oferece ainda informações detalhadas sobre o registro de focos e
de áreas queimadas, apresentando a análise das respectivas distribuições por
bioma, por município, por microrregião e por domínio, a partir das ocorrências
detectadas no estado do Tocantins.
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