No verão muita poeira e no inverno muita lama. Assim é a rotina dos usuários que precisam trafegar pelo trecho da rodovia TO-020, que liga o município de Centenário até o trevo da TO-245, que segue destino para Lizarda. A distância entre as duas cidades é de cerca de 170 km, com o trajeto inteiro nas duas rodovias apenas no leito natural.
Diferente de outras rodovias estaduais que avançaram em suas respectivas pavimentações, a falta de cuidado no trecho entre as duas cidades é um problema antigo e se arrasta sem resolução por anos.
Morador de Centenário e com um estabelecimento na cidade e outro em Alto Bonito, distrito de Lizarda, o comerciante Lauricio Pletsch conta que já são anos de descaso com quem precisa utilizar o trecho e no período chuvoso a situação fica ainda pior.
“O trecho de 62 quilômetros está praticamente abandonado pelo governo do estado. São mais de 10 anos sem manutenção. Se você não conhece a estrada não passe por ela, pois são vários pontos de atoleiros, é praticamente inviável o trânsito, o que afeta diretamente a população que precisa utilizar essa via”, comenta.
Prejuízo e paciência
Recentemente, devido às condições da estrada, o empresário se viu obrigado a emitir uma nota, com informações aos clientes sobre a falta de abastecimento no distrito de Alto Bonito. “O transtorno e o desgaste nessas viagens estão demais, sem contar a manutenção dos veículos que está sendo enorme. Estamos sofrendo com essa estrada há vários dias, inclusive deixando de repor a mercadoria duas vezes nas últimas três semanas”, diz parte do comunicado que pede compreensão aos clientes.
Em outro caso recente de prejuízo, Lauricio Pletsch relata que um dos veículos que faz o transporte das mercadorias atolou no meio da estrada e ficou parado por muitas horas até que um trator fosse fazer o resgate.
“Era por volta das duas da tarde quando eu cheguei lá de carro e o meu motorista voltou, fiquei no caminhão porque estava cheio de mercadorias para a loja do distrito do Alto Bonito. Já era mais de meia-noite quando chegou um trator de uma fazenda para puxar, faltavam 20 quilômetros para chegar ao distrito, levei duas horas para fazer esse percurso e atolei mais duas vezes. Essa é a realidade, temos que ter muita paciência”, desabafa o comerciante, que conta ainda que em diversas situações os produtores rurais da região usam recursos próprios para viabilizar a estrada, já que dependem dela para escoar suas produções.
Sem retorno
A reportagem do Portal CNN buscou insistentemente por uma resposta do Governo do Estado sobre as providências para solucionar o problema na estrada, porém até o fechamento desta reportagem não houve retorno. A matéria será atualizada caso respondam.
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