A aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/2019, que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE), representa um passo decisivo para consolidar um dos principais marcos da política educacional brasileira. A matéria retorna agora ao Senado para nova apreciação.
O SNE tem como objetivo
estabelecer normas claras de cooperação entre União, estados e municípios para
garantir qualidade e equidade no ensino em todo o país. Para Dorinha, a criação
do sistema corrige uma lacuna histórica: o Plano Nacional de Educação (PNE),
aprovado em 2014, previa a instituição do SNE em até dois anos, mas o prazo
nunca foi cumprido.
“Assim como o SUS organiza a
saúde no Brasil, o Sistema Nacional de Educação vai garantir que as
responsabilidades entre os entes federativos sejam bem definidas e que haja
planejamento e cooperação. Estamos falando de um instrumento essencial para dar
efetividade ao PNE e assegurar que nenhuma criança ou jovem seja deixado para
trás”, afirmou a senadora Professora Dorinha Seabra (União).
O texto aprovado na Câmara
prevê instâncias permanentes de pactuação entre União, estados e municípios, a
criação da Comissão Intergestores Tripartite da Educação (Cite) e a adoção de
parâmetros nacionais, como o Custo Aluno Qualidade (CAQ), para orientar a
distribuição de recursos e garantir padrões mínimos de qualidade na educação
básica.
Para Dorinha, que há anos
defende a criação do SNE, o momento exige união em torno da pauta educacional.
“A educação precisa estar acima de disputas políticas. O SNE vai permitir
planejamento articulado, redução das desigualdades e fortalecimento da escola
pública. É uma conquista que a sociedade brasileira espera há quase quatro
décadas”, ressaltou.
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